Sífilis: aumento da contaminação é preocupante

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Sífilis: aumento da contaminação é preocupante

Sífilis: aumento da contaminação é preocupante

Encarada como coisa do passado, a sífilis voltou a preocupar autoridades de saúde. Segundo o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, de 2010 a junho de 2017 foram notificado um total de 342.531 casos de sífilis adquirida. Destes, 59,2% estão na Região Sudeste, 21,2% no Sul, 10,4% no Nordeste, 5,3% no Centro-Oeste e 3,9% no Norte.

 

Em 2016, o número total de casos notificados no Brasil foi de 87.593.

A sífilis é uma infecção causada pela bactéria treponema pallidum que, na maior parte dos casos, é transmitida pelo contato íntimo sem preservativo. Também pode ser transmitida por sangue e secreções, como, por exemplo, na gestação. A doença atinge homens e mulheres. Os sintomas variam de acordo com o estágio da doença:

  • Primeira fase (sífilis primária): ferida indolor na genitália, na região perianal ou na boca.
  • Segunda fase (sífilis secundária): depois da cura da primeira ferida, surge vermelhidão e irritação na pele, mais acentuadas nas palmas das mãos e plantas dos pés, além de febre.
  • Fase tardia (sífilis terciária): demora de um a cinco anos para aparecer após a fase anterior e atinge os órgãos como o cérebro, coração, rins, fígado, nervos, ossos e pele. Pode levar à demência e a alterações motoras. Antes dessa etapa o indivíduo infectado pode passar anos por um período assintomático (período latente).

No caso das mulheres há um risco a mais, o de transmissão vertical, ou seja: da mãe para o bebê. A doença pode levar à má formação fetal, deficiência mental e até aborto, caso a transmissão se dê logo no início da gestação. Seis a cada mil bebês no Brasil acabam falecendo devido à infecção. Por isso, o Governo recomenda que toda grávida se submeta ao teste de sífilis.

No Brasil, a taxa de diagnóstico em gestantes era de menos que um caso a cada mil nascidos em 2005 e em 2013 o índice subiu para 7,4 casos – Ministério da Saúde

O diagnóstico pode ser feito com um exame de sangue. Mas é importante ficar atento também às feridas que surgem no corpo. Um coloproctologista pode detectar lesões e solicitar exames específicos para a doença. A sífilis é tratada com injeção do antibiótico penicilina benzatina.

Em Minas Gerais, o número total de casos adquiridos em 2016 foi de 7.358.

A falta de diagnóstico ou tratamento pode levar o paciente a desenvolver complicações neurológicas preocupantes. Para prevenir a doença é importante usar preservativo durante as relações sexuais. Além disso, faça testes regulares de IST* – Infecções Sexualmente Transmissíveis. O diagnóstico precoce é vital para controlar a doença.

* A nomenclatura “IST” agora é utilizada no lugar de “DST” (doenças sexualmente transmissíveis). A denominação ‘D’, de doença, implica em sintomas e sinais visíveis no organismo do indivíduo. Já infecções podem ter períodos assintomáticos ou se mantêm assim por toda a vida do indivíduo e são detectadas por meio de exames laboratoriais.

 

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1 Comentário

  1. […] a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano são registrados 12 milhões de novos casos de sífilis no mundo. No Brasil, a estimativa é de que ocorram 900 mil casos por ano. Trata-se de um mal […]

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