A colonoscopia é um exame de imagem utilizado para investigar doenças do cólon e do reto. Durante o exame, um tubo flexível com uma microcâmera na ponta será inserido no ânus do paciente e as imagens serão transmitidas para um monitor, onde o médico vai checar a presença de anormalidades do intestino grosso. 

Tudo isso será feito sob sedação, com duração de 20 a 30 minutos, e o paciente não sentirá nenhuma dor. Muitas pessoas ainda têm receio de se submeter a esse teste, mas ele ainda é extremamente vantajoso porque além de ter caráter diagnóstico, a colonoscopia também pode ser terapêutica. 

Para pessoas sem histórico familiar de câncer colorretal e doenças hereditárias que podem levar ao desenvolvimento de pólipos, a colonoscopia é indicada como exame de rotina a partir dos 45 anos. 

Sem dúvidas, esse é o exame mais importante na coloproctologia, podendo ser utilizado na investigação e tratamento de diversos problemas intestinais, como os seguintes:

O exame de sangue oculto nas fezes deu positivo

Se o seu exame de sangue oculto nas fezes deu positivo, muito provavelmente o próximo passo será a realização de uma colonoscopia para descobrir a origem desse sangramento. 

Esse é um teste realizado em laboratório, que busca avaliar a presença de pequenas quantidades de sangue nas fezes, invisíveis a olho nu. Ele é utilizado como uma espécie de triagem para verificar, em alguns casos, se a colonoscopia é realmente necessária. 

O exame é solicitado a partir dos 40 anos de idade para homens e mulheres que não tenham histórico de câncer colorretal na família, como forma de rastreamento da doença. 

A coleta de material para o exame de sangue oculto nas fezes é feita pelo próprio paciente e deve ser ser realizada em todas as evacuações do dia ou três coletas em dias diferentes e consecutivos. 

Diarreia ou constipação sem causa aparente 

Quando o paciente vem apresentando diarréia ou constipação sem causa aparente, ou seja, sem alteração significativa na dieta, uso de medicamentos, doenças metabólicas, infecciosas, neurológicas ou psiquiátricas, a colonoscopia poderá ser utilizada. 

Ela será útil para identificar problemas como doença inflamatória intestinal, doença diverticular, obstrução intestinal, presença de pólipos e até mesmo câncer colorretal.

A colonoscopia possibilitará não só a visualização de sinais dessas enfermidades como também a realização de uma biópsia da mucosa intestinal para obtenção de um diagnóstico mais preciso, já que tanto a diarréia quanto a constipação podem ter diversas causas. 

Remoção de pólipos e biópsia 

Se, na colonoscopia, for identificado algum pólipo, ele deverá ser removido durante o exame. Isso é possível por meio de instrumentos inseridos pelo canal do colonoscópio, que remove o pólipo e cauteriza o tecido. 

Caso o pólipo seja muito grande, poderá ser necessário a realização de uma cirurgia para removê-lo. 

Alguns tipos de pólipos podem se tornar lesões malignas. Esses são chamados de pólipos adenomatosos e poderão ser retirados durante o exame e enviados para exame histpatológico. 

Esse é um dos motivos pelo qual a colonoscopia é o principal exame para rastreamento e prevenção do câncer colorretal. 

Dilatação de áreas de estreitamento do cólon e reto

O estreitamento intestinal é chamado de estenose e pode ser causado tanto por um tumor quanto pela retração da parede do órgão depois da cicatrização de procedimentos cirúrgicos ou processos inflamatórios como a doença de Crohn, por exemplo. 

A passagem das fezes ficará dificultado ou impedida, causando a chamada obstrução intestinal. Em alguns casos, uma cirurgia poderá ser necessária mas em outros, uma colonoscopia com dilatação segmentar pode ajudar. 

Nesse procedimento, o colonoscópio será equipado com um pequeno balão que pode ser inflado ao encontrar áreas obstruídas ou estreitadas, alargando o segmento e permitindo a passagem das fezes. 

Diagnóstico de doença inflamatória intestinal

Para diagnosticar uma doença inflamatória intestinal como doença de Crohn ou colite ulcerativa, o médico avalia os sintomas do paciente, realiza exame físico e o exame proctológico e solicita vários outros exames. Entre eles, muito provavelmente estará a colonoscopia.

Ela é essencial para o diagnóstico de DII porque permite a visualização de alterações inflamatórias da mucosa colônica e a porção final do intestino delgado, é possível obter amostras desses tecidos para estudo histopatológico.