Com os constantes avanços no rastreamento e tratamento do câncer colorretal, o número de sobreviventes da doença tem aumentado muito. Assim, surgem novas preocupações, como a necessidade de estratégias eficazes para abordar efeitos colaterais do tratamento e não só aumentar a sobrevida do paciente como também sua qualidade de vida.
Uma delas, sem dúvidas, pode ser a prática regular de atividade física, como mostra uma meta-análise publicada em setembro deste ano no International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity. Foram avaliados 19 ensaios clínicos randomizados e controlados envolvendo indivíduos com câncer colorretal publicados até janeiro de 2020.
O estudo analisou a segurança, viabilidade e eficácia do exercício físico em pacientes com câncer colorretal, indicando que a atividade física realizada após o diagnóstico da doença parece ser protetora contra a mortalidade específica do câncer e por todas as causas.
De acordo com a meta-análise, a prática de exercícios físicos foi associada a baixo risco de eventos adversos graves, o que ocorreu em aproximadamente 1% dos participantes.
Em sua maioria, os efeitos colaterais observados foram de baixo grau, e refletiam respostas comuns ao exercício, como dor muscular, por exemplo.
Segundo os pesquisadores, os resultados de subgrupo analisados indicam que a segurança na prática de atividade física pode ser mantida mesmo durante o tratamento quimioterápico, sob condições supervisionadas e incluindo exercícios de resistência.
Além disso, foram observadas melhorias em uma série de resultados de saúde, como qualidade de vida, fadiga, aptidão aeróbica, depressão, sono, força e gordura corporal. Os resultados das análises de subgrupos também indicam que os benefícios podem ser acumulados independentemente do modo do exercício físico, nível de supervisão, tempo em relação à cirurgia ou quimioterapia.
Entretanto, algumas limitações da meta-análise precisam ser reconhecidas:
Ainda assim, a meta-análise se apresenta como a avaliação mais abrangente de exercícios e estudos de câncer colorretal disponíveis, além de envolver a avaliação de todas as fases do tratamento. Por esse motivo, vale muito a pena conferir o artigo por completo.
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