Alzheimer, diabetes e obesidade: a cada dia a ciência encontra mais relações com o intestino

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Alzheimer, diabetes e obesidade: a cada dia a ciência encontra mais relações com o intestino

Alzheimer, diabetes e obesidade: a cada dia a ciência encontra mais relações com o intestino

Antigamente, ensinava-se nas instituições de ensino que a função do intestino estava ligada somente à digestão de alimentos e absorção de água e nutrientes a fim de manter o corpo hidratado, nutrido e funcionando adequadamente. No entanto, há inúmeras pesquisas que comprovam o papel do intestino na prevenção de doenças como diabetes, obesidade e Alzheimer devido a população de microrganismos que vivem no trato gastrointestinal.

Essa população, constituída por bactérias, vírus e fungos, é chamada de microbiota intestinal e é responsável por diversas funções, como:

·         proteger o organismo contra bactérias perigosas e distúrbios do cólon;

·         produzir vitaminas B2, B12, K e ácido fólico;

·         estimular células do sistema imunológico no combate às infecções;

·         diminuir níveis de colesterol e açúcar no sangue, entre outros benefícios.

Algumas descobertas científicas

Essa população de microrganismos que vive no intestino tem ligação direta com inflamações, dietas, resistência à insulina, além da possibilidade de desenvolver problemas cardiovasculares.

De acordo com algumas pesquisas feitas com ratos, os roedores magros que receberam bactérias dos intestinos de ratos obesos começaram a ganhar peso mesmo sem terem mudado a alimentação. Isto é, houve um desequilíbrio na composição da microbiota chamada de disbiose intestinal – o que ocasiona um processo inflamatório relacionado ao desenvolvimento de diabetes.

Dessa forma, se o indivíduo for obeso e adquirir essa inflamação, sua resistência à insulina aumenta.

Vale lembrar que a obesidade e a diabetes, por exemplo, podem acontecer por fatores hereditários. Então, será que a genética pode ter relação com a microbiota intestinal? Sim, pois algumas pessoas são mais sensíveis às bactérias ruins, denominadas patogênicas.

O intestino e sua ligação com Alzheimer

Embora seja preciso mais estudos para comprovar, o que se sabe até o momento é que pessoas com diabetes têm mais chances de desenvolver Alzheimer, visto que pacientes com demência apresentam quantidades maiores de amiloide no cérebro, favorecendo a perda de memória. Essa condição está ligada diretamente à resistência à insulina.

Outro fator que podemos citar ainda é quando a pessoa não faz o controle da diabetes de maneira correta e há um aumento dos níveis de açúcar no sangue. Os indícios mostram que isso contribui também para o aumento das placas de amiloide no cérebro.

Como melhorar a microbiota intestinal

·         Consuma alimentos de origem vegetal. Um intestino saudável, com uma população de micróbios diversificada, conta com alimentos naturais e variedade no cardápio.

·         Dê preferência a alimentos ricos em fibras, como frutas, verduras, legumes, grãos integrais etc.

·         Acrescente o azeite de oliva extravirgem em seu cardápio em vez de outros óleos.

·         Evite alimentos industrializados, pois, geralmente, têm ingredientes que eliminam bactérias boas ou até aumentam as bactérias ruins.

·         Consuma iogurtes e outros alimentos probióticos que irão incentivar o crescimento de germes bons.

·         Evite tomar antibióticos. Em caso de orientação médica, reforce a alimentação com as dicas acima.

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