Quais as perspectivas da medicina de precisão até 2030?

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Quais as perspectivas da medicina de precisão até 2030?

Quais as perspectivas da medicina de precisão até 2030?

Sabemos que a ciência utiliza há muitos anos informações como histórico familiar, idade e estilo de vida para basear e prescrever o melhor tratamento para cada paciente.  Além desses fatores, a genética também tem sido levada em conta. Um exemplo é a Medicina de Precisão, um conceito atual que personaliza o tratamento médico, fundamentado na probabilidade de um paciente ter determinada doença, rastrear e dizer qual tratamento terá melhor resposta para aquela pessoa.

Essa perspectiva vem ganhando cada vez mais espaço desde o primeiro sequenciamento do genoma humano, em 2003. Com o passar do tempo, as novas tecnologias proporcionaram o sequenciamento massivo em poucas horas, reduzindo custos, aumentando a acessibilidade a exames genéticos e, consequentemente, auxiliando os profissionais da saúde a tomarem decisões clínicas mais assertivas.

Benefícios

Afinal, é possível prever doenças de forma precoce? Sim! Este é um dos grandes benefícios da medicina de precisão, que une dados do perfil genético da pessoa a outras características pessoais, fatores ambientais, estilo de vida, entre outros, que contribuem para o desenvolvimento de doenças raras, autoimunes, neurodegenerativas e câncer, além de identificar polimorfismos em enzimas do metabolismo, melhorando a eficácia de medicamentos.

Apesar dos benefícios individuais serem claros, há ainda grandes desafios para fazer com que essa alternativa chegue a toda a população, já que os custos ainda são altos para o sistema de saúde. 

Nesse contexto de avanço, quais são as perspectivas para a área na próxima década?

Perspectivas para os próximos anos

Segundo uma pesquisa divulgada em 2021 na revista CellPress, nos próximos anos, a medicina de precisão contará com progressos que servirão de base para a união da ciência com setores públicos e empresas privadas. Por isso, confira as perspectivas:

  • Ampliação da diversidade do banco de genomas já sequenciados: a grande maioria dos dados vêm de pessoas brancas, faltando participantes de origem africana, latino-americana etc. Destaco que o cenário ideal seria contarmos com dados bem distintos com relação à cultura, crenças, origem, entre outros fatores de relevância.
  • Estimular a colaboração entre pesquisadores: é necessário facilitar e tornar acessível os dados já disponíveis.
  • Desenvolver e aprimorar dispositivos e softwares capazes de codificar dados em massa para os pesquisadores, unindo Big Data e Inteligência Artificial no processamento de dados e imagens. Além disso, com a LGPD, a segurança dos dados dos pacientes deverá contar com o serviço de criptografia.
  • Redução de custo para realização de exames preventivos em grande escala, tornando mais acessíveis tratamentos e estratégias de triagem e identificação de doenças raras ou comuns.
  • Ampliação de dados biológicos (da rotina dos pacientes, como informações relacionadas às atividades físicas e alimentação, por exemplo) a serem incluídos nos dados dos indivíduos.

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