Além de sintomas gastrointestinais, a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa podem afetar outras regiões e órgãos do corpo, sendo as manifestações articulares os problemas mais comuns, chegando a afetar 30 a 40% dos pacientes com DII.
Embora pacientes com artrite reumatóide possam desenvolver doenças inflamatórias intestinais, o tipo de artrite geralmente associada à DII é diferente, podendo afetar as articulações dos membros, da coluna ou da bacia.
Diversos fatores parecem estar associados ao desenvolvimento de manifestações articulares em pacientes com doenças inflamatórias intestinais, como localização da inflamação no intestino, alterações na resposta imune do organismo e até mesmo um marcador genético específico.
Alguns estudos e autores apontam maior incidência de artrite em pacientes com inflamação restrita ao cólon em relação àqueles com acometimento isolado no intestino delgado.
Outros, mostraram alterações em moléculas-chave que regulam a resposta imune no intestino de pacientes com problemas reumáticos, algumas delas compatíveis com doença de Crohn ou retocolite ulcerativa. Na prática, isso significa que há anormalidades comuns em pacientes com artrite e DII que precedem a inflamação clínica.
Um outro fator que parece ter grande papel na associação entre problemas reumáticos e as doenças inflamatórias intestinais é a presença do marcador genético HLA B27, que pode ser identificado com testes e está presente em aproximadamente 4 a 6% da população mundial.
Além disso, tabagismo e história de apendicectomia também parecem ser fatores de risco para manifestações extraintestinais das DII, incluindo manifestações articulares e dermatológicas.
O tratamento dos problemas reumáticos associados às DII deve ser individualizado de acordo com a gravidade do quadro clínico. Em muitos casos o próprio tratamento da doença inflamatória também é efetivo para resolver as manifestações articulares da doença. Repouso, fisioterapia, injeções intra-articulares e prescrição de medicamentos como antiinflamatórios não esteróides, corticóides, imunossupressores, agentes biológicos e probióticos podem ser utilizados.
Entretanto, é necessário que o médico responsável pelo tratamento das manifestações articulares esteja atento aos efeitos colaterais da medicação indicada, já que alguns podem exacerbar os sintomas da doença inflamatória intestinal, piorando a qualidade de vida do paciente. Daí a importância de uma equipe multidisciplinar no tratamento da doença de Crohn e da retocolite ulcerativa, principalmente quando o paciente apresenta manifestações extraintestinais.
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