4 perguntas sobre a diverticulose, doença que acomete grande parte parte da população acima de 60 anos

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4 perguntas sobre a diverticulose, doença que acomete grande parte parte da população acima de 60 anos

Uma das consequências do processo de envelhecimento é a formação de divertículos, pequenas “bolsinhas” na parede do intestino grosso que caracterizam a doença chamada diverticulose. 

Estima-se que a grande maioria da população seja portadora assintomática da diverticulose após os 60 anos. Entretanto, os divertículos podem se inflamar, então vale prestar atenção em possíveis sintomas e sinais da doença. 

Como os divertículos são formados?

Os divertículos podem ser hipertônicos ou hipotônicos. O hipertônico costuma ser causado pelo aumento anormal do tônus da musculatura lisa do intestino, enquanto o hipotônico é causado pelo afrouxamento dessa musculatura. 

Ou seja, essas bolsinhas vão ser provocadas tanto pelo excesso de espasmos intestinais e pressão no órgão, quanto pelo enfraquecimento da parede intestinal causada pelo envelhecimento. 

Embora a presença de divertículos seja comum entre pessoas mais velhas, é possível prevenir a doença com uma alimentação saudável, rica e fibras, que permita a passagem das fezes pelo intestino sem maiores problemas. 

Afinal, um dos fatores que aumenta a pressão na musculatura intestinal é a constipação e acúmulo de fezes duras. Para isso, é importante beber bastante água e manter uma dieta rica em fibras. 

Como saber se estou com diverticulose? 

Se o paciente não apresenta sintomas como dor abdominal ou sangramento intestinal, a doença provavelmente será encontrada por acaso durante uma colonoscopia de rotina, indicada a partir dos 45 anos para a população em geral. 

Entretanto, se o indivíduo apresentar hemorragia intestinal, a colonoscopia será necessária para se fazer o diagnóstico das possíveis causas e, em alguns casos, até mesmo tratar o problema. 

Caso o paciente esteja apresentando dor abdominal, uma tomografia computadorizada deverá ser solicitada, sendo o exame de escolha para o diagnóstico da diverticulite aguda, que é a inflamação de um ou mais divertículos. 

Como é o tratamento da diverticulose?

A diverticulose, na maioria das vezes é assintomática e não necessita tratamento. 

Já quando o paciente apresenta sintomas, o objetivo do tratamento será diminuir os espasmos intestinais. Para isso será necessário fazer uma alteração na dieta, aumentando bastante o consumo de fibras e água. Caso não seja possível aumentar o bolo fecal somente com alimentação, o médico poderá prescrever alguns suplementos com essa função. 

Em caso de hemorragia, pode ser necessário realizar uma colonoscopia para localizar a origem e estancar  o sangramento. Uma arteriografia também pode ser utilizada com esse propósito. 

Nesse procedimento, o médico insere um catéter em uma artéria, chegando até o local de sangramento e injetando uma substância que reduza o fluxo sanguíneo da região (embolização). 

Raramente a hemorragia pode se tornar persistente, podendo ser necessária a remoção cirúrgica da porção comprometida do intestino. 

Qual a diferença entre diverticulose e diverticulite?

Os divertículos são como pequenas bolsinhas que se projetam na parede do cólon. A presença deles é o que caracteriza a diverticulose. Quando um ou mais divertículos se inflamam, chamamos o problema de diverticulite aguda. 

A diverticulite, portanto, é uma complicação da diverticulose causada por esse processo inflamatório, e os sintomas podem incluir:

  • Dor abaixo do umbigo, geralmente do lado esquerdo;
  • Alteração no funcionamento intestinal com constipação ou diarréia; 
  • Alterações urinárias;
  • Febre;
  • Náuseas e vômitos. 

O tratamento da diverticulite varia de acordo com a gravidade da doença, mas pode envolver jejum, uso de antibióticos, drenagem do pus e, em alguns casos, cirurgia. 

Esses sintomas não são específicos da diverticulite e podem sinalizar diversos outros problemas intestinais. Entretanto, a diverticulite pode levar à perfuração do intestino, com risco de contaminação da cavidade abdominal e consequências graves. Por esse motivo, o acompanhamento médico é fundamental. 

Você tem alguma outra pergunta a respeito da diverticulose? Pode deixar nos comentários!

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