Hoje venho aqui para compartilhar com vocês minha relação com esporte e para dizer que o que recomendo como médica, também pratico. A foto deste post  é do Campeonato Mineiro de Inverno de Masters, que aconteceu nos dias 30/06 e 01/07, no Olympico, onde conquistei o título de vice-campeã nos 50 metros borboleta e medalha de bronze nos 50 metros peito.

Para vocês entenderem a minha paixão pelo esporte, preciso contar como foi que tudo começou: Quando eu era criança, na minha casa, fazer esporte não era opção, era obrigação.

Meu pai, que também é médico, foi quem instituiu essa regra e, como ortopedista esportivo e médico do Cruzeiro por muitos anos, ele sabia bem que não poderia abrir mão disso na nossa formação: além dos benefícios incontestáveis à saúde,  criança envolvida com o esporte tem menor chance de se envolver com drogas e bebida alcoólica.

Então, comecei a praticar natação ainda muito pequena e nadei durante toda minha infância e adolescência. Por que natação? Mais uma vez, fiz minha escolha influenciada pelo meu pai, que dizia que é o esporte mais completo, que exercita a musculatura de todo o corpo, que não causa lesões e, acima de tudo, é uma medida de segurança, já que previne afogamentos.

Já percebeu que meu pai sempre foi minha inspiração né?! Pois bem: o tempo passou, fiz intercâmbio nos EUA aos 16 anos e, na escola americana, me destaquei na natação e polo aquático. De volta ao Brasil, continuei a praticar a natação.

Aos 18 anos entrei pra faculdade e resolvi trabalhar para ganhar meu próprio dinheiro. Com este currículo não foi difícil conseguir um emprego de professora de natação em uma das escolas mais renomadas da cidade. Mas esse emprego, assim como a prática do esporte, INFELIZMENTE, não duraram muito tempo. Logo que entrei na Faculdade de Medicina, meu tempo passou a ser absorvido por completo.

E assim vivi, totalmente dedicada à formação em medicina durante os 6 anos de faculdade, 2 anos de residência em cirurgia geral, 1 ano de residência em cirurgia do trauma, 2 anos de de residência em coloproctologia, 1 ano de estágio em colonoscopia (parte em BH, parte na USP), 3 anos de mestrado no AC Camargo em São Paulo. Sim: 15 anos! E então minha gravidez. Filha pequena, muito trabalho como médica e a natação sempre nos meus sonhos. É verdade, sempre sonhei com muita frequência e ainda sonho que estou nadando, kkkk. Freud explica…

Minha filha começou na escolinha de natação antes de completar 1 ano de idade e pratica o esporte até hoje aos 8 anos.  E eu, quando a vida me deu uma brecha, há quatro anos voltei a nadar. No ano passado minha filha começou a frequentar as competições e para incentivá-la eu também voltei a competir. Acabei viciando! Não quero parar nunca mais!