Estima-se que, no Brasil, para cada ano do triênio de 2020 a 2022, sejam detectados 20.540 casos de câncer de cólon e reto em homens e 20.470 em mulheres. A principal forma de tratamento para esse tipo de tumor é a remoção da porção afetada do intestino, seguida ou não de quimioterapia ou radioterapia.
Esse tipo de procedimento pode ser feito por via aberta ou minimamente invasiva. Na técnica aberta, fazemos um grande corte no abdômen do paciente para acessar o intestino e realizar a ressecção do tumor.
Já na técnica minimamente invasiva, utilizamos a tecnologia para acessar o órgão com o menor dano possível às outras estruturas, conferindo um trauma menor para o corpo e, consequentemente, menor tempo de internação, recuperação mais rápida e menores riscos de complicações.
De maneira geral, a cirurgia minimamente invasiva é indicada para qualquer paciente com tumor colorretal que possa ser removido por meio das pequenas incisões realizadas durante o procedimento.
Pessoas idosas ou com condições de saúde que dificultam a recuperação de uma cirurgia aberta se beneficiam especialmente das técnicas minimamente invasivas.
Em alguns casos específicos, o médico poderá recomendar a cirurgia aberta por algum motivo que impossibilite o tratamento minimamente invasivo ou para evitar complicações relacionadas ao pneumoperitônio (utilização de gás carbônico para inflar a cavidade abdominal e abrir espaço entre os tecidos para realização do procedimento).
Atualmente, três tipos de cirurgia minimamente invasiva são realizados no tratamento do câncer colorretal: a videolaparoscopia, a cirurgia robótica e a cirurgia transanal minimamente invasiva.
Enquanto a videolaparoscopia e a cirurgia robótica são feitas por meio de pequenas incisões no abdômen do paciente, a cirurgia transanal minimamente invasiva é realizada através do próprio ânus. Justamente por isso, só é utilizada para tratar pólipos grandes e tumores iniciais no reto.
A principal diferença entre a laparoscopia e a cirurgia robótica é que, na primeira, o cirurgião opera diretamente no paciente, manipulando os instrumentos utilizados para remover a porção afetada do intestino. Já na segunda, o cirurgião opera sentado distante do paciente, movimentando os instrumentos por meio de um console semelhante a um joystick de videogame.
Primeiro, com o paciente sedado, fazemos pequenas incisões em seu abdômen, localizadas em regiões estratégicas.
Inflamos o seu abdômen com gás carbônico para facilitar a movimentação dos instrumentos e permitir a visualização através de uma microcâmera, inserida por uma das aberturas. As imagens captadas por esse dispositivo são transmitidas para um monitor que fica visível para toda a equipe da sala de cirurgia.
Pelas incisões, inserimos instrumentos, que são manipulados manualmente pelo cirurgião e seus auxiliares. Com eles, é possível realizar cortes, grampeamentos, suturas e manusear os tecidos para remover a porção afetada pelo intestino. Pode ser necessário abrir um pouco mais as incisões abdominais para retirar o segmento de intestino de dentro do abdome do paciente.
De acordo com o quadro geral do paciente e o tipo de tumor, podemos realizar uma anastomose (emenda), conectando as duas partes restantes do intestino para restabelecer o fluxo natural das fezes, ou realizar um estoma, abertura no abdômen por onde o paciente elimina as fezes permanentemente ou temporariamente até a reversão da ostomia. Nesse caso, como ele não terá controle da saída das fezes, uma bolsa coletora deverá ser utilizada o tempo todo.
Depois, fechamos as aberturas no abdômen do paciente com suturas e encerramos o procedimento. Numa abordagem minimamente invasiva como essa, a permanência no hospital costuma ser de apenas alguns dias até sua recuperação.
Embora a recuperação de uma colectomia possa ser desafiadora, a cirurgia minimamente invasiva diminui muito o desconforto após o procedimento e possibilita uma reabilitação mais rápida. Além disso, outra vantagem é a estética das cicatrizes, que são menores e mais discretas do que numa cirurgia aberta.
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