Inflamação anal pode estar associada à varíola dos macacos

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Inflamação anal pode estar associada à varíola dos macacos


A chamada varíola dos macacos teve o seu primeiro caso registrado no ano de 1958. Ela era restrita aos animais das florestas tropicais africanas, mas, atualmente, vem se disseminando entre os seres humanos.

Essa enfermidade está relacionada ao vírus chamado  de monkeypox, agora mais adequadamente nomeado como varíola símia. O nome monkeypox foi dado, inicialmente, porque o vírus passou a ser conhecido após um surto da doença entre os macacos. Contudo, agora, sabemos que esses primatas não são seus principais hospedeiros e, sim, os roedores.

Em 1970, foi registrado o primeiro caso em humanos. Entre os principais sintomas estão lesões cutâneas, febre, dores de cabeça e no corpo, mal-estar, suor e inchaço dos gânglios.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disparou o alerta em maio de 2022 e mais recentemente percebeu-se uma mudança do padrão sintomático. Vamos saber quais são essas novidades para ficarmos atentos e mantermos essa doença afastada?

Sintomas na região anal são novo alerta para a varíola dos macacos

O maior grupo de risco para a varíola símia registrado atualmente são homens gays, com idade média de 37 anos. Isso porque as principais regiões afetadas, neste novo padrão sintomatológico, são o ânus e os genitais.

Por isso, sintomas como dor e sangramento anal, também acendem o alerta para essa doença. 

Quando essas lesões se manifestam somente no canal anal e reto, a percepção das feridas torna-se mais difícil, o que pode contribuir para confusões diagnósticas. 

Entre os portadores do vírus, cerca de 25% apresentaram quadro de proctite.

A proctite é uma inflamação ano-retal que, agora, pode representar o único sintoma da varíola símia. Ela pode provocar, além das feridas locais, dores intensas e sangramentos na região afetada, além de tenesmo, que é a vontade frequente de defecar ainda que não haja fezes para serem expelidas. 

Os registros de morte em decorrência desse vírus são raros, mas, em um terço dos casos, foi necessária a administração de medicamentos para dor. 

Complexidade diagnóstica

Como a proctite costuma estar associada a Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s), a primeira suspeita costuma não ser de varíola símia. Isso faz com que haja atrasos no diagnóstico e que aumente as chances de subnotificação da doença.

Além disso, há muitas dúvidas ainda sem respostas. Alguns exemplos são os questionamentos sobre se a varíola símia passará a ser considerada uma IST e se as secreções expelidas pela vagina e pelo pênis são potenciais vetores para o vírus.

Outro ponto que faz com que o diagnóstico se atrase são os sintomas iniciais mais sistêmicos, como dor, mal-estar e febre. Os pacientes podem confundí-los com outras doenças virais e procurar a automedicação (o que não é indicado em nenhuma hipótese) ou pode adiar a procura por um médico.

Então, se notar algum dos sintomas relatados no decorrer do texto, procure seu médico.

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