A dieta tem uma relação direta com a saúde intestinal como um todo. Afinal, tudo que ingerimos vai passar por todo o trato digestivo e, a longo prazo, nossa alimentação pode trazer efeitos benéficos ou maléficos para esse órgão.
Sempre comento aqui no blog que manter uma alimentação rica em fibras é fundamental para prevenir diversas doenças intestinais, entre elas o câncer colorretal. Mas o que muda quando o paciente já foi diagnosticado com essa enfermidade?
Um estudo realizado em 2017 e publicado no Jama Oncology buscou avaliar o impacto da dieta no risco de morte do paciente com câncer colorretal. Todos os participantes haviam sido diagnosticados com a doença em estágio 1, 2 ou 3, quando ela ainda não havia apresentado metástases a distância.
Cada um desses pacientes completava, todos os dias, um questionário a respeito da sua dieta. Assim, a equipe foi capaz de calcular a quantidade diária de fibras e grãos integrais consumidos diariamente por cada um.
Esse acompanhamento durou aproximadamente 8 anos após o diagnóstico e, ao final do estudo, os pesquisadores descobriram que os pacientes com câncer colorretal que consumiam mais fibras tinham um risco menor de morrer devido à doença do que aqueles que consumiam poucas fibras.
Esse foi o primeiro estudo prospectivo a analisar a influência do consumo de fibras no prognóstico de pacientes com câncer colorretal. De fato, aqueles que consumiam uma grande quantidade de fibras, especialmente de cereais, tiveram menores taxas de mortalidade.
Veja só que interessante: cada aumento em cinco gramas de fibra por dia foi associado a uma redução de 22% na mortalidade específica por câncer de intestino e 14% na mortalidade por todas as causas.
Já vinte gramas de grãos integrais foram associados a uma diminuição de 28% nas mortes causadas pela doença e 12% na taxa de mortalidade geral.
Mesmo antes desse estudo, não faltavam evidências de que ter uma dieta rica em fibras é uma medida fundamental para prevenir o câncer de intestino. Agora, sabemos que os benefícios desse nutriente vão além da proteção contra neoplasias, contribuindo, também, para um melhor prognóstico da doença.
Infelizmente, depois de encarar o medo da morte e sobreviver ao câncer, alguns pacientes pensam que é melhor comer tudo o que quiserem, o que pode acabar trazendo problemas.
A alimentação depois do tratamento de câncer deve ser saudável porque ajuda no bem-estar de maneira geral, fortalece o organismo e acelera a recuperação. Esse cuidado também diminui os riscos de recidiva!
Além de ficar de olho no consumo de fibras, o paciente deve investir no consumo de fontes de proteína magra, como frango, peixe, peru, ovos, feijão e soja. Frutas e verduras contribuem com antioxidantes, grandes aliados do reparo celular.
As fontes de gordura também são importantes, mas é necessário escolher de maneira inteligente, dando preferência a azeite de oliva, sementes, nozes e frutas como abacate.
Isso não significa que o paciente não possa comer nada rico em açúcar ou gordura, mas sim que esse tipo de alimento deve ser consumido esporadicamente.
Ademais, quem removeu parte do intestino grosso, ou todo ele, para o tratamento vai ter recomendações médicas ainda mais específicas, principalmente se um estoma foi realizado.
Isso porque a falta do intestino grosso ou de parte dele, pode tornar as fezes mais líquidas ou pastosas ou até mesmo causar diarréia crônica.
Se você quer um post só sobre alimentação de pessoas ostomizadas, deixe um comentário aqui embaixo!
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5 Comentários
Sim, desejo saber sobre alimentação, estou prestes a fazer Cirurgia Coloretal no HC de Marilia com Equipe do Dr Mateuz
Obrigada pela sugestão de tema. Vamos produzir um artigo. E não me deixe de seguir nas redes sociais também.
Olá tudo bem? Espero que sim 🙂
Adorei seu artigo,muito bom mesmo!
Abraços e continue assim.
Quais alimentos saudáveis pra quem está com câncer de intestino
E os alimentos que não são saudáveis pra o câncer de intestino
Obrigada pela sugestão e iremos preparar um artigo esclarecendo.