O diagnóstico de câncer é uma notícia que, geralmente, assusta quem a recebe. Antigamente, algumas pessoas até evitavam pronunciar o nome dessa doença devido aos poucos recursos da época. Porém, a evolução nos tratamentos proporcionou prognósticos mais promissores e há diversos fatores que contribuem para isso.

Hoje, conheceremos algumas características do câncer de intestino. Então, vamos a elas?

Fatores de atenção

Este tipo de câncer apresenta alguns sinais e sintomas que, por diversas vezes, passam despercebidos por coincidirem com os mesmos apresentados por problemas menos graves. Alguns exemplos deles são sangue nas fezes, dores abdominais, perda de peso e anemia, além de alterações no hábito intestinal.

Assim como na maioria das enfermidades, bons hábitos são a melhor maneira de prevenir. No caso do câncer de intestino, uma alimentação saudável, rica em fibras, é um dos principais fatores que contribuem para a proteção contra a doença, assim como o controle do peso e prática de atividades físicas. Combinados a isso, há alguns hábitos que precisam ser evitados, como o tabagismo, o consumo de álcool e a ingestão de carnes vermelhas e processadas em excesso.

Há também aqueles fatores de risco que não podemos controlar – a exemplo da idade, da genética, histórico pessoal de cânceres em outras regiões e a presença de outras doenças no trato intestinal.

É fato que um diagnóstico precoce é extremamente relevante quando o assunto são as chances de cura após o tratamento. Contudo, cerca de um terço dos pacientes com câncer de intestino já apresentam metástase ao descobrirem a doença.

O que é metástase e quais os órgãos mais atingidos

A metástase deste tipo de câncer acontece quando células cancerígenas, que se encontravam primariamente no intestino, migram por meio da corrente sanguínea ou do sistema linfático para outras partes do organismo.

Os órgãos que geralmente apresentam metástases do câncer de intestino são o fígado, os pulmões e o peritônio. Graças aos avanços da tecnologia, tanto a detecção quanto as possibilidades de tratamento são mais avançadas que em épocas passadas.

Os atuais métodos de imagem permitem identificar as metástases em fases iniciais. E, apesar desta condição reduzir as chances, ainda há tratamentos que possibilitam a cura ou, pelo menos, possibilidade de prolongar a sobrevida ou diminuir o sofrimento causado pela doença.

Como se dá o tratamento, quando a metástase se desenvolve

Aproximadamente 50% dos pacientes com câncer de cólon vão apresentar metástase no fígado ao diagnóstico ou posteriormente ao tratamento inicial como recorrência da doença. Para esses pacientes a estimativa de cura com o tratamento adequado é de cerca de 20%. Se for possível operar e remover completamente essas metástases as chances de cura chegam até 40%. 

Entre as possibilidades de tratamento estão a cirurgia, a ablação por radiofrequência, radiação ou embolização, além de quimioterapia, terapia alvo ou imunoterapia. 

Para aqueles em que não é possível atingir a cura, houve avanço significativo referente à compreensão do comportamento biológico dos tumores e desenvolvimento de novas drogas que prometem prolongar a sobrevida dos pacientes.

Após todas essas probabilidades, fica o questionamento sobre os impactos físicos e psicológicos trazidos por essa enfermidade. Neste ponto, entram os cuidados paliativos.

Tratamentos paliativos

Constatada a gravidade da doença, os cuidados paliativos são importantes aliados na promoção da qualidade de vida e diminuição do sofrimento desses pacientes. 

Esses tratamentos são multidisciplinares e não excluem outros procedimentos que buscam a remissão da doença. Uma vez que esses cuidados não significam que o paciente está no fim da vida, eles deveriam estar presentes, em condições ideais, desde o momento do diagnóstico.

Os aspectos envolvidos neste método incluem, entre outras coisas, o controle dos sintomas, a internação ou home care, cuidados com os familiares e o processo de luto. Assim, o paciente e seus entes queridos terão apoio para passar por esse período difícil com o mínimo de sofrimento possível.