Quando uma mulher sabe que tem alguma síndrome genética causadora de câncer, ela pode tomar medidas de rastreamento e prevenção o quanto antes, bem como montar o seu planejamento familiar levando em conta os aspectos envolvidos na síndrome.
Geralmente, as síndromes genéticas têm herança autossômica dominante, o que significa que cada filho do portador tem 50% de chance de herdar o gene problemático que aumenta a predisposição a determinados tipos de câncer.
Em relação às mulheres, especificamente, as principais síndromes são o câncer de mama e ovário hereditários, a síndrome de Lynch, a síndrome de Li-Fraumeni, a síndrome de Cowden, a síndrome de Peutz-Jeghers e o câncer gástrico difuso hereditário.
Atualmente, recomenda-se que todas as mulheres com histórico pessoal de câncer de ovário passem pelo rastreamento genético e aquelas com câncer de endométrio ou intestino devem avaliar seu histórico médico familiar para compreender se uma síndrome genética pode estar envolvida no desenvolvimento da doença.
Além disso, determinadas ocorrências de câncer em adulto também podem ser fortes indicadores de que a pessoa é portadora de uma síndrome genética causadora de câncer, como as seguintes:
Como falei, as principais síndromes hereditárias responsáveis por tumores ginecológicos são o câncer de mama e ovário hereditários, a síndrome de Lynch, a síndrome de Li-Fraumeni, a síndrome de Cowden, a síndrome de Peutz-Jeghers e o câncer gástrico difuso hereditário. Por estar diretamente associada ao câncer colorretal, já comentei bastante aqui no blog a respeito da síndrome de Lynch, então vou focar nas demais síndromes hoje.
Síndrome hereditária de câncer de mama e ovário
Caracterizada por mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, autossômicos dominantes de reparo de DNA, essa síndrome aumenta os riscos da paciente desenvolver câncer de mama ao longo da vida em até 74%. As chances de ter câncer de ovário chegam a 46% quando o gene BRCA1 está envolvido e a 20% quanto é o gene BRCA2.
Geralmente, essas pacientes possuem indicação de rastreamento para ambas as doenças e, frequentemente, para cirurgia de redução de risco, o que pode envolver a remoção das mamas e dos ovários.
Infelizmente, essa é uma das síndromes genéticas mais comuns, acometendo 1 em cada 500 indivíduos na população em geral. Pessoas da população judaica Ashkenazi estão especialmente sujeitas a possuírem a síndrome.
Síndrome de Li-Fraumeni
A síndrome de Li-Fraumeni é considerada rara, com prevalência exata desconhecida. Se caracteriza pelo risco aumentado de tumores múltiplos, incluindo osteossarcoma, câncer de mama, câncer de intestino, carcinoma adrenocortical, leucemia, linfoma e câncer cerebral.
Além disso, é causada por mutações na linha germinativa do gene supressor de tumor TP53, detectável na grande maioria dos pacientes. Infelizmente, essa é uma síndrome altamente penetrante, o que significa que os portadores têm 90% de chance de ter câncer até os 60 anos. O câncer de mama na pré-menopausa, especialmente em várias mulheres da família é um forte indicativo de que a paciente é portadora da síndrome.
Síndrome de Cowden
A Síndrome de Cowden é causada por variantes patogênicas no gene responsável pelo controle do ciclo celular (PTEN). Considerada relativamente rara, geralmente causa tumores benignos e malignos de tireóide, mama e endométrio.
Em sua maioria, as pessoas afetadas pela síndrome têm macrocefalia e lesões de pele na face e mucosas costumam se manifestar em torno dos 30 anos.
Para as mulheres, o risco de câncer de mama é alto, de 25% a 50%, e o de câncer de endométrio pode chegar a até 10%.
Síndrome de Peutz-Jeghers
Essa síndrome é causada por variantes no gene STK11, se caracterizando pela presença de dois dos três critérios:
Para as mulheres, há um risco aumentado de câncer de mama, com até 50% de risco ao longo da vida, câncer estromal do cordão sexual, câncer do colo do útero e câncer uterino.
Câncer gástrico difuso hereditário
Para além de aumentar os riscos de câncer no estômago e intestino, a síndrome de câncer gástrico difuso hereditário também aumenta os riscos de câncer de mama lobular. Causada por mutações no gene CDH1, os riscos para mulheres portadoras chega a 42% ao longo da vida.
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