Diagnóstico de câncer e a prática de exercício físico

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Diagnóstico de câncer e a prática de exercício físico

Duas mulheres, uma está com a mão no rosto com expressão preocupada e a outra está fazendo um alongamento da perna

Sempre que tenho a chance, reforço a importância de praticar atividade física para evitar o surgimento de neoplasias. A verdade é que muita gente busca prevenções milagrosas para o câncer mas acaba deixando de lado atitudes cotidianas muito mais simples e efetivas.  

Mas e os pacientes que já já foram diagnosticados, devem abandonar o exercício físico?

A resposta é: não, muito pelo contrário! 

Por muito tempo se acreditou que uma pessoa diagnosticada com câncer deveria ficar de repouso, mas essa ideia já caiu por terra. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Rochester, em Nova York, apontou que o exercício físico é mais eficaz que remédios para lidar com a fadiga causada pelo tratamento quimioterápico. 

O estudo revelou que a combinação ideal é se movimentar e fazer acompanhamento psicológico, já que o desânimo do paciente também é causado pelo peso do diagnóstico. 

Ao invés de incluir mais um medicamento na rotina ou tomar xícaras de café, o paciente de câncer pode fazer caminhadas ou algum outro exercício. 

De maneira geral, a atividade física libera neurotransmissores que trazem prazer, fazendo dela uma grande aliada na qualidade de vida do paciente. É sempre importante lembrar que o ideal é conversar com o médico para verificar quais atividades são indicadas, afinal, cada paciente é único. 

A natação, por exemplo, não é indicada para quem está fazendo tratamento com radioterapia, já que a água pode expor o paciente a bactérias e o cloro pode irritar a pele irradiada. Atividades de muito impacto, como futebol e vôlei, também podem ser contra-indicadas. 

Muitas pessoas passam a praticar yoga ou tai chi chuan após o diagnóstico. Esses exercícios promovem a flexibilidade e proporcionam bem-estar. 

Outro aspecto valioso do exercício físico para o paciente com câncer é que a prática regular de atividade física é um aliado contra a atrofia muscular, comum no final do tratamento. Até mesmo cuidar do jardim, dançar em casa e fazer um alongamento já ajudam a manter o corpo ativo e prevenir a degeneração dos músculos. 

A atividade não precisa ser feita no dia de uma quimioterapia, por exemplo, já que nesse período o paciente costuma sentir muita indisposição, enjoo e mal-estar. 

A regra de ouro é sempre respeitar os limites do corpo e não forçar demais: a frequência é muito mais relevante do que a intensidade. O importante é mexer o corpo! 

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