Recentemente, cientistas da Universidade da Califórnia (UC), em San Diego, nos Estados Unidos, desenvolveram um dispositivo em forma de cápsula com a função de monitorar o intestino. O sensor ingerível é um avanço já que  registra imagens do órgão por horas e pode ser uma opção a técnicas mais invasivas, como a endoscopia.

Saiba mais!

A tecnologia é sempre uma grande aliada, principalmente quando falamos da área da saúde. Mas até então ninguém nunca havia cogitado uma cápsula que monitorasse o intestino, até chegarem os pesquisadores da UC.

Os estudiosos tiveram a ideia de observar o trato gastrointestinal por meio de uma pílula ingerível, a primeira solução com a capacidade de medir a dinâmica metabólica em tempo real dentro do intestino, oferecendo uma ampla visão para a pesquisa clínica e para os pacientes.

A cápsula criada, até então testada em porcos, mede 2,6 cm de comprimento e 0,9 de diâmetro, sendo composta de um circuito elétrico com um microchip acoplado a uma antena. 

A pílula, que não conta com fios e nem precisa de bateria, funciona por meio de uma célula biocombustível que utiliza a glicose que encontra no organismo para fornecer energia que garanta o seu funcionamento. Quanto ao sinal, este é emitido e transmitido para um receptor externo, como um computador, tablet ou smartphone.

Glicose e campos magnéticos

A célula usa a glicose para o seu funcionamento, medindo as mudanças nas concentrações desse carboidrato a partir da energia extraída. Ou seja, quanto mais glicose o corpo tiver, mais energia é gerada. Além disso, a transmissão de dados usa radiação eletromagnética, como um bluetooth.

Futuro da medicina

O objetivo é que, daqui a algum tempo, a pílula possa ajudar em pesquisas sobre o funcionamento do trato gastrointestinal de pacientes, como quem sofre com a doença do refluxo gastroesofágico, de síndrome do intestino irritável e pessoas com problemas nutricionais.