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O papel da genética no câncer colorretal

O câncer colorretal é uma das formas mais comuns e letais de câncer no mundo. Enquanto fatores ambientais e estilo de vida desempenham um papel significativo no desenvolvimento dessa doença, a genética também tem uma influência crucial. Entender o papel dos genes no câncer colorretal pode ajudar na prevenção, diagnóstico e desenvolvimento de tratamentos mais eficazes.

Genética e risco de câncer colorretal

Os genes, que são unidades básicas de herança em nosso organismo, são transmitidos de pais para filhos. Esses genes carregam as instruções para o desenvolvimento, funcionamento e reprodução das células do corpo. No entanto, quando esses genes sofrem mutações, podem ocorrer problemas significativos, como o desenvolvimento de câncer.

No câncer colorretal, certas mutações genéticas são particularmente influentes. Algumas dessas mutações são hereditárias, o que significa que são passadas de uma geração para outra, aumentando o risco de câncer em famílias. Por exemplo, a Síndrome de Lynch, anteriormente conhecida como câncer colorretal hereditário não poliposo (HNPCC), é causada por mutações hereditárias que afetam os genes de reparo do DNA, como MLH1, MSH2, MSH6, PMS2 e EPCAM. 

Indivíduos com Síndrome de Lynch têm um risco significativamente maior de desenvolver câncer colorretal, bem como outros tipos de câncer. O risco de desenvolvimento de câncer ao longo da vida pode chegar a 80%. 

Outro distúrbio genético relevante é a polipose adenomatosa familiar (PAF), uma condição rara que causa o crescimento de centenas a milhares de pólipos adenomatosos no cólon e no reto durante a adolescência e a vida adulta jovem. A PAF é causada por mutações no gene APC e quase sempre resulta em câncer colorretal se não for tratada.

Como a genética influencia o tratamento e a prevenção

A compreensão do papel dos genes no câncer colorretal abriu caminho para estratégias personalizadas de tratamento e prevenção. Por exemplo, pessoas identificadas com alto risco genético podem se beneficiar de vigilância intensiva, como colonoscopias frequentes a partir de uma idade mais jovem, e em alguns casos, de intervenções cirúrgicas preventivas.

Além disso, os avanços na genômica permitem que os médicos usem terapias personalizadas baseadas no perfil genético dos tumores. Este campo, conhecido como medicina de precisão, utiliza informações genéticas do tumor para identificar os tratamentos mais prováveis de serem eficazes para cada paciente individual, melhorando as taxas de sucesso e reduzindo os efeitos colaterais.

Pesquisa e futuro

A pesquisa contínua é vital para descobrir mais sobre como as mutações genéticas contribuem para o câncer colorretal. Estudos estão sendo realizados para identificar novos genes associados ao risco dessa doença e para entender como interações entre múltiplos genes e fatores ambientais contribuem para sua manifestação.

O impacto da genética no câncer colorretal é significativo e complexo. Com o avanço do conhecimento genético e tecnológico, aumenta a esperança de tratamentos mais eficazes e estratégias de prevenção mais direcionadas. O entendimento dessas questões genéticas não apenas ajuda a identificar indivíduos em risco, mas também abre portas para novas abordagens terapêuticas que podem um dia transformar o câncer colorretal em uma condição completamente prevenível ou curável. 

Encorajamos todos, especialmente aqueles com histórico familiar de câncer, a discutir suas histórias familiares com profissionais de saúde e considerar aconselhamento genético como uma medida proativa na gestão da saúde.

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