Dor na região anal, inchaço, vermelhidão, calor no ponto afetado e presença de pus ou sangue na roupa íntima ou nas fezes podem ser sintomas de um abscesso anal. Atividades simples, mas que exigem algum esforço dessa área, como rir, tossir, sentar, soluçar e andar ocasionam dor e incômodo.

Essa infecção, que, por vezes, pode ser menosprezada pelos pacientes e até mesmo por médicos não especialistas, é considerada uma urgência proctológica. E, quando ela vem acompanhada de febre, é indício de que já está se agravando.

Continue lendo esse texto para descobrir por que essa condição não deve ser ignorada e como é feito o seu tratamento

Como se forma um abscesso anal?

A região anal possui diversas glândulas que produzem um muco facilitador da passagem de fezes. Quando as glândulas são obstruídas, a secreção se acumula em seu interior, juntamente com bactérias e pus. 

A causa dessa obstrução não é conhecida, mas sabemos que a doença de Crohn, traumatismos na região, fissura anal, câncer anorretal ou imunidade comprometida são fatores de risco para o desenvolvimento desse quadro.

Nos casos em que o problema não é devidamente tratado, o abscesso pode continuar se expandindo, tornando-se uma infecção generalizada e gangrenando as áreas afetadas. 

O abscesso na região ano-retal é mais grave e tende a se expandir mais rapidamente que em outras partes do corpo, devido às características anatômicas locais. 

Agora que já sabemos quais os sinais de alerta e como esse tipo de abscesso se origina, vamos descobrir um pouco mais sobre o seu diagnóstico e tratamento.

Como identificar e tratar essa doença?

Em primeiro lugar, é importante ressaltar que a tentativa de autodiagnóstico e de adotar soluções caseiras para o tratamento pode  levar a complicações graves.  

O diagnóstico do abscesso anal, na maioria dos casos, é feito por meio de exame físico. Em algumas situações ainda podem ser necessários exames de imagem, que vão auxiliar inclusive na escolha da melhor intervenção.

O tratamento pode envolver ou não o uso de antibióticos. Porém, na grande maioria dos casos, realizamos um pequeno procedimento cirúrgico em que é feita uma incisão para drenagem do conteúdo do abscesso. 

Por isso, não é indicado que o paciente trate por conta própria: ao tentar espremer, corre-se o risco de não escoar todo o conteúdo, favorecendo um quadro de infecção mais grave. 

Então, a dica é: ao suspeitar de em abscesso na região anal, procure um coloproctologista com urgência. Isso pode evitar o agravamento da infecção e acelerar a resolução do problema.