O cisto pilonidal ou cisto sacrococcígeo é uma lesão formada por uma bolsa revestida por células epiteliais que possui fragmentos de pele, pêlos e glândulas sudoríparas e sebáceas em seu interior. O cisto se localiza no sulco que separa as nádegas, acima da região perianal.
Muita gente negligencia o tratamento adequado do cisto pilonidal, com medo da dor ou falta de tempo. Porém, é importante ficar atento aos sintomas, pois o cisto pode até malignizar ou virar um grande abscesso.
Em casos de formação de abscesso, o procedimento indicado é realizar a drenagem da secreção purulenta por uma pequena incisão na pele. A intervenção é feita no consultório ou pronto-socorro sob anestesia local, não havendo necessidade de internação hospitalar. Para alguns pacientes, este tratamento pode ser um caminho para a cura. Infelizmente, para outros, a doença pode ser recorrente e nesses casos a indicação é fazer uma cirurgia.
A técnica mais utilizada é a ressecção em cunha do cisto, deixando a ferida sem pontos e aberta para que a cicatrização ocorra espontaneamente.
É possível também fechar a ferida com pontos. Essa técnica encurta o período de recuperação, contudo aumenta o risco de uma nova infecção.
Nos casos iniciais, prefiro usar as técnicas menos invasivas, como a de “Bascom”, que consiste em uma pequena incisão lateral, curetagem do cisto e ressecção de cada orifício do cisto por pequenas incisões. As vantagens dessa técnica são: excelente resultado estético e aceleração da cicatrização, recuperação e retorno ao trabalho.
No pós-operatório, os cuidados com a ferida devem ser redobrados. Recomenda-se higiene local adequada e retirada periódica dos pêlos da região.
Embora seja uma complicação rara, formas crônicas e não tratadas de cistos pilonidais infectados podem aumentar o risco de desenvolver carcinoma de células escamosas, um dos tipos de câncer de pele. O risco do cisto pilonidal evoluir para o câncer, é de 0,02% a 0,1%.
Essa malignização do cisto pilonidal é desencadeada a partir do processo inflamatório crônico. Trata-se de uma evolução tardia, normalmente observada em situações em que os cistos não foram tratados ou permaneceram inflamados por muito tempo.
Apesar do carcinoma espinocelular ter um crescimento lento, o seu comportamento é agressivo e apresenta alto índice de recidivas e metástases. Como em alguns casos, o câncer só é identificado quando a doença já se espalhou para outras estruturas e as chances de cura são menores. Por isso, é imprescindível o diagnóstico precoce da doença. O tratamento é cirúrgico e consiste na remoção do tumor.
Para evitar um eventual agravamento no quadro do cisto pilonidal, recomenda-se realizar um tratamento efetivo e precoce do cisto, principalmente se ele estiver constantemente inflamado.
Vale ressaltar que em alguns casos, o cisto pode apresentar reincidência mesmo após sua remoção cirúrgica.
Ao perceber o surgimento de sinais característicos do cisto pilonidal, agende uma consulta com um especialista. Ele será o responsável pelo diagnóstico preciso e por selecionar a melhor opção de tratamento
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