Como é o processo de diagnóstico da doença inflamatória intestinal?

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Como é o processo de diagnóstico da doença inflamatória intestinal?

Como é o processo de diagnóstico da doença inflamatória intestinal?

Você sabia que as doenças inflamatórias intestinais têm um longo processo de diagnóstico? Não poderia deixar de falar de um aspecto  tão importante da trajetória dos pacientes com DII durante o Maio Roxo. Afinal, para muitas pessoas, receber o diagnóstico significa ter anos e anos de sintomas finalmente explicados, além da possibilidade de um tratamento eficaz. 

Primeiros passos para o diagnóstico da doença inflamatória intestinal

A primeira etapa desse processo é feita já na consulta inicial com o coloproctologista ou gastroenterologista. Nesse momento, ele irá perguntar a respeito do seu histórico e realizar um exame físico, verificando a saúde do ânus e do reto.  

É interessante contar com algum tipo de registro dos sintomas, como dor abdominal, diarreia, constipação, sangramento, quando esses problemas ocorrem e com que frequência. Questões não intestinais também devem ser relatadas, como dores articulares, febre e fadiga. 

O médico também vai perguntar a respeito do histórico familiar do paciente. Embora nem todas as pessoas com doenças inflamatórias intestinais tenham parentes portadores dessas enfermidades, ter um membro familiar com doença de Crohn ou Colite ulcerativa é um fator de risco para desenvolver esse problema. 

Exames laboratoriais necessários para o diagnóstico

Depois dessa conversa inicial, é hora de começar a realizar os exames necessários para diagnosticar as doenças inflamatórias intestinais. 

Exames de sangue e de fezes ajudam a identificar sinais de inflamação no corpo, entretanto não irão identificar a causa do problema, mas sim direcionar para outros tipos de exame que poderão fornecer mais informações para o diagnóstico.  

Para isso, vamos avaliar, entre outros aspectos, a contagem de glóbulos brancos e glóbulos vermelhos no sangue, que vão indicar, respectivamente, sinais de infecção ou inflamação e anemia. 

Já as proteínas encontradas no sangue e fezes são importantes biomarcadores de processos inflamatórios que não só ajudam no diagnóstico da DII como também prevêem sua atividade. 

Todos esses exames também são grandes aliados para verificarmos como está a função hepática e renal do paciente, que podem ser comprometidas pela doença inflamatória intestinal. 

Além disso, vamos descartar a presença de outras doenças, como infecções gastrointestinais, causadas por microorganismos como C. difficile, E. coli, ­Campylobacter, Yersinia, Salmonella e Shigella, por exemplo, que são bastante comuns. 

Exames de imagem necessários para o diagnóstico

A colonoscopia é, sem dúvidas, o principal exame de imagem utilizado no diagnóstico das doenças inflamatórias intestinais. Exames que analisam o trato gastrointestinal superior, como a endoscopia, também costumam ser utilizados, mas o cólon e a extremidade final do intestino delgado (íleo terminal) costumam ser mais afetados pelas DIIs. 

Este exame é realizado com o paciente sedado. Para enxergarmos o interior do intestino da pessoa, inserimos um tubo longo e fino pelo seu ânus, com uma microcâmera na ponta que irá transmitir as imagens para um monitor na sala do procedimento. Geralmente, conseguimos enxergar muito bem a localização do processo inflamatório e a gravidade dos danos causados à mucosa intestinal. 

Na maior parte dos casos, coletamos pequenos fragmentos do tecido intestinal (biópsias) a serem analisados no microscópio. Essa avaliação, em alguns casos, pode ser útil para dizer se o paciente tem doença de Crohn ou colite ulcerativa. 

Tudo isso quer dizer que não existe um exame específico capaz de dizer se o paciente tem uma  doença inflamatória intestinal. É necessário avaliar diversos aspectos para chegarmos a uma conclusão baseada neste conjunto de evidências e assim poder iniciar o tratamento adequado.

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