Aditivos alimentares x Doenças inflamatórias intestinais (DII)

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Aditivos alimentares x Doenças inflamatórias intestinais (DII)

Os aditivos alimentares são substâncias adicionadas aos alimentos com o objetivo de melhorar sua aparência, sabor, textura e até mesmo prolongar sua vida útil. No entanto, o uso excessivo e indiscriminado desses aditivos tem despertado preocupações em relação à sua segurança e impacto na saúde intestinal, especialmente quando se trata de doenças inflamatórias intestinais (DII).

Continue a leitura para saber mais!

Doenças inflamatórias intestinais x aditivos

As DIIs, como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa, são condições crônicas que afetam o intestino, causando inflamação e sintomas como dor abdominal, diarreia, sangramento retal e perda de peso. Estudos têm demonstrado uma associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em aditivos alimentares, e um maior risco de desenvolvimento e exacerbação dessas doenças.

Um dos principais aditivos alimentares relacionados às DII é o glutamato monossódico (MSG), um realçador de sabor comumente utilizado em alimentos processados e fast foods. O consumo excessivo de MSG tem sido associado ao aumento da permeabilidade intestinal, ou seja, à capacidade de substâncias indesejáveis atravessarem a barreira intestinal e desencadearem uma resposta inflamatória.

Além do MSG, outros aditivos alimentares, como corantes artificiais, conservantes e emulsificantes, também podem desencadear reações inflamatórias no intestino, contribuindo para o desenvolvimento e progressão das DII. Esses aditivos podem afetar a composição da microbiota intestinal, a função de barreira intestinal e a resposta imunológica, todos eles desempenhando um papel importante na saúde intestinal.

Pesquisa

Uma pesquisa publicada na revista científica Gut mostrou que indivíduos que consumiam uma dieta rica em alimentos ultraprocessados apresentavam um maior risco de desenvolver DIIs em comparação com aqueles que seguiam uma dieta baseada em alimentos naturais e minimamente processados. Esses alimentos ultraprocessados tendem a ser pobres em nutrientes e ricos em aditivos alimentares, açúcares refinados, gorduras saturadas e sal.

Diante dessas evidências, é importante estar atento aos rótulos dos alimentos e evitar o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados. Optar por uma alimentação equilibrada, baseada em alimentos naturais, como frutas, legumes, grãos integrais e proteínas magras, pode ajudar a preservar a saúde intestinal e reduzir o risco de desenvolvimento ou agravamento das DII.

Além disso, é fundamental buscar o acompanhamento de um profissional de saúde, para orientações individualizadas e adequadas às necessidades específicas de cada pessoa. 

Em suma, embora os aditivos alimentares desempenhem um papel importante na indústria alimentícia, é necessário ter cautela em relação ao seu consumo excessivo e aos alimentos ultraprocessados em geral. Para pessoas que já sofrem de doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa, a atenção ao consumo de aditivos alimentares se torna ainda mais crucial.

É importante ressaltar que cada indivíduo pode reagir de maneira diferente aos aditivos alimentares. Enquanto algumas pessoas podem tolerá-los sem problemas, outras podem apresentar maior sensibilidade e experimentar sintomas gastrointestinais, como desconforto abdominal, diarreia e agravamento dos sintomas da DII.

O que fazer?

Uma abordagem eficaz para minimizar os riscos associados aos aditivos alimentares é adotar uma alimentação mais natural e caseira, privilegiando alimentos frescos e minimamente processados. Ao preparar suas próprias refeições, é possível ter um maior controle sobre os ingredientes utilizados, evitando aditivos desnecessários.

Além disso, é importante lembrar que uma alimentação saudável e equilibrada não se restringe apenas à exclusão de aditivos alimentares. É fundamental garantir uma dieta variada, rica em fibras, vitaminas, minerais e proteínas e manter uma boa hidratação. A prática regular de atividade física e a redução do estresse também são importantes para promover a saúde intestinal e reduzir o risco de complicações relacionadas às DII.

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