Carcinomatose peritoneal: mais de 90% dos casos tem origem secundária

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Carcinomatose peritoneal: mais de 90% dos casos tem origem secundária

A carcinomatose peritoneal já foi considerada como uma sentença de morte para os pacientes que recebiam esse diagnóstico. 

Mas, atualmente, os avanços na medicina oncológica ajudaram a reverter essa visão e dar mais esperança para os seus portadores.

Peritônio é o nome que se dá à membrana que reveste todos os órgãos e a parede abdominal.

Por isso, a carcinomatose peritoneal diz respeito ao câncer disseminado no peritônio .

Vamos saber um pouco mais sobre essa doença?

Quais as características da carcinomatose peritoneal?

A grande maioria dos casos de carcinomatose peritoneal é de origem secundária, ou seja, é uma metástase de um câncer que, previamente, se iniciou em outro órgão.

Esses órgãos onde a doença se originou geralmente estão localizados na área abdominal, como pâncreas, fígado, intestino, apêndice, estômago e ovário. 

Em menos de 10% dos casos, o câncer de peritônio se origina diretamente desse órgão.

A expansão da carcinomatose peritoneal pode provocar obstrução urinária e/ou intestinal.

Sintomas da carcinomatose peritoneal

Não é comum que essa doença apresente sintomas em suas fases iniciais, sendo que os sinais, normalmente, começam a aparecer quando o câncer já se disseminou pela cavidade abdominal. Alguns exemplos dos sintomas são:

  • dor abdominal
  • náuseas 
  • perda de peso
  • inchaço abdominal
  • ascite, também conhecida como barriga d’água
  • alteração do funcionamento intestinal
  • dor ou sensação de pressão ao urinar
  • muco na urina
  • surgimento de hérnias no umbigo ou na virilha 

Como podemos perceber, esses sintomas também podem estar associados a outras doenças não oncológicas. Mas, como a carcinomatose peritoneal costuma decorrer de um câncer primário de outro órgão, esses sinais podem ser um alerta principalmente para quem já é portador de algum câncer.

Como é feito o diagnóstico dessa doença?

Exames clínicos vão ajudar a levantar a suspeita desse câncer. Exames de sangue para análise de marcadores tumorais (CEA, CA 125, CA 19-9, CA 15-3) podem estar alterados a depender do tumor de origem. 

Os exames de imagem, como ultrassom, tomografia e ressonância magnética, também podem ajudar a identificar o câncer e outros problemas causados por ele. 

Muitas vezes somente a cirurgia por via aberta ou laparoscópica será capaz de fazer o diagnóstico, além de ser efetiva para o estadiamento da doença. 

Tratamentos

Para definir qual a melhor conduta, o médico levará em consideração alguns fatores. Entre eles estão o órgão de origem da doença; a sua extensão, medida por uma escala que vai de 0 a 39, onde 0 não há a presença da doença e 39 representa o pior cenário possível; e a idade e o quadro geral de saúde do paciente.

A cirurgia é um dos principais recursos. Ela visa remover todos os pontos afetados pelo câncer, inclusive outros órgãos acometidos.

Já a quimioterapia pode ser feita da forma tradicional ou pode ser administrada diretamente no peritônio durante a cirurgia. 

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